O General Ernesto Geisel foi um militar e político brasileiro, um dos protagonistas do Golpe Militar de 1964 e quarto presidente sob a ditadura, de 1974 a 1979.
Nascido no Rio Grande do Sul em 1907, Geisel formou-se aspirante na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e foi um dos apoiadores da Revolução de 1930, assim como um dos combatentes do lado federal na repressão à Revolução Constitucionalista de 1932. Trabalhou também na área da indústria petroquímica, gerenciando a Refinaria de Cubatão durante os anos de 1950.
Fez parte do movimento que engendrou o Golpe de 1964, e foi nomeado por Castelo Branco presidente da Casa Militar, encarregado de assuntos internos do exército. Castelo Branco o encarregou especialmente de averiguar as denúncias de torturas em quartéis do exército, sobretudo no Nordeste, e punir os culpados. Fazia parte da facção dos Castellistas, e com a sucessão de Castelo Branco caiu no ostracismo político. Por causa de sua experiência na área petroquímica, foi nomeado presidente da Petrobrás por Médici, que também empossou seu irmão, Orlando Geisel, como Ministro do Exército. Graças ao apoio do irmão, conseguiu se sobressair e ser indicado sucessor de Médici pela cúpula das Forças Armadas em 1974.
Geisel tomou posse em 1974, após ter "concorrido" pela ARENA contra Ulysses Guimarães, candidato do MDB, o qual derrotou por 600 votos (o número de deputados da ARENA) contra 63 (o número de deputados do MDB).
O governo de Geisel foi sobretudo marcado pelo início de uma abertura política com vistas à redemocratização, idealizada pelo general Golbery do Couto e Silva, herança de seu apoio como parte dos Castellistas. Essa abertura fez-se necessária em razão da crise econômica marcada pelo constante aumento da inflação e da dívida interna, iniciada no final do governo anterior. Ela gerava descontentamento não só na população como nos próprios quadros militares, já que a base numerosa do exército sentia o resultado das políticas econômicas do governo no próprio bolso.
A abertura iniciou-se com a permissão dada ao MDB, já em 1974, de realizar propagandas políticas na televisão e no rádio, como já fazia a ARENA, partido da situação. Isso resultou numa imensa vitória eleitoral do MDB, que por sua vez provocou uma reação da facção "linha dura", e os casos de espancamentos, assassinatos e tortura aumentou exponencialmente, numa tentativa de combater a "ameaça comunista". A morte do jornalista Vladimir Herzog numa cela do DOI-CODI, após ser torturado, gerou uma comoção da imprensa internacional, e uma pressão para que o Brasil respeitasse os direitos humanos. Poucos meses depois, o metalúrgico Manuel Fiel Filho morre em circunstâncias semelhantes, gerando nova reação da imprensa mundial. Como resposta, Ernesto Geisel procura demonstrar a inocência do alto escalão do governo, mandando destituir o então comandante do DOI-CODI, o general Ednardo D’Ávila Mello.
Todavia, Geisel tomou medidas muitas vezes contrárias ao processo de abertura política, como por exemplo o chamado "Pacote de Abril", que incluiu o fechamento temporário do congresso e a instituição dos "senadores biônicos", que eram indicados diretamente pelo presidente e não podiam ser destituídos, nem ter seus cargos preenchidos por senadores eleitos normalmente. Finalmente, ao final de seu governo, Ernesto Geisel revoga os Atos Institucionais (exceto o primeiro), provocando a lenta mas progressiva ascensão política da oposição.
Indicou como sucessor João Figueiredo, que o sucedeu à partir de 1979.
(UNESP) Assumindo o governo após o período repressivo do general Médici, o general Geisel pretendia iniciar um processo de liberalização do regime autoritário. Foi, entretanto, um período marcado por alternâncias de medidas tênues de abertura e outras de natureza discricionária. Em 1977, o governo publica um conjunto de medidas conhecidas como "o pacote de abril", cuja característica foi:
(Cesgranrio) O conjunto de fatos relacionados abaixo dizem respeito ao processo de abertura democrática iniciado pelo presidente Geisel, com EXCEÇÃO de um. Assinale-o.
(UFRS) Com o chamado "pacote de abril", baixado pelo então presidente Ernesto Geisel,
(UFMG) A Política de Distensão, levada a cabo pelo General Ernesto Geisel, visava
(MACKENZIE) Segundo o historiador José Honório Rodrigues, seu estilo foi autoritário, duro, personalista, alemão demais para um povo tão pouco germânico. Contudo, o governo Ernesto Geisel foi responsável:
(FGV-SP) O chamado "pacote de abril", conjunto de medidas promulgadas pelo presidente Ernesto Geisel em 1977, representou