O golpe projetado de maneira “preventiva” pelos militares no Brasil tinha como objetivo conter a ameaça socialista. O então presidente João Goulart, mais conhecido como Jango, que governo de 1962 a 1964, promete uma série de reformas de base, o que serviu de artifício para que a UDN (União Democrática Nacional), a igreja, a elite e o exército o acusassem de praticar o socialismo. Tais órgãos se unem e organizam a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, um comício na Central do Brasil onde Jango reafirmaria suas propostas de reforma, e lá promovem o golpe (ver Golpe Militar de 1964), financiados pelos EUA em 1964.
É de grande valia ter-se em mente que ditadura não necessariamente implica em um regime militar, porém no caso do Brasil, sim. O poder executivo passa a ser maior do que o poder legislativo e o judiciário. São acionados órgãos responsáveis pela censura e pela repressão: o Conselho de Segurança Nacional (CSN) e o Sistema Nacional de Informação (SNI). Além disso, foram decretados dezessete Atos Institucionais, mecanismos utilizados pelos militares para assegurar seu poder, sendo os principais deles:
Ao todo, foram cinco generais que governaram o Brasil durante esse período:
O marechal Humberto de Alencar Castello Branco governou o país no intervalo de 1964 a 1967, inaugurando o período militar no Brasil com a assinatura da constituição de 1967. A marca de seu governo foi o alinhamento com os EUA e o rompimento com Cuba. Também instituiu o Ato Institucional número 2, permitindo apenas o bipartidarismo consentido entre ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Era o começo das medidas de repressão no país.
No início de 1967, o marechal Artur da Costa e Silva assume o poder. O período que governou foi marcado pela assinatura do Ato Institucional número 5, aquele que cerceava todos os direitos individuais. Estava declarada a “linha dura” que seria imposta à esquerda opositora. Passeatas e greves começaram a pulular no cenário social, sendo a mais conhecida dela a Passeata dos cem mil. Além disso, deu-se início ao chamado "Milagre Econômico".
Nos fins de 1969, quando o general Emílio Garrastazu Médici assume o poder, o Brasil dá início ao que ficará conhecido como Anos de Chumbo. Intensifica-se a repressão, há torturas e opressões àqueles que se opõe ao sistema.
No âmbito econômico, o Brasil atingirá o auge do Milagre Econômico, promovido pelo ministro da Fazenda Delfim Neto. Através do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), o país atingiu altos índices de desenvolvimento, e após a abertura ao capital estrangeiro, muitas multinacionais aqui se instalaram, surtindo a ideia de que houve um grande surto de crescimento, porém não houve um ganho de autonomia.
É também neste período que o governo intensifica o projeto de propaganda institucional, ou seja, através dos meios de comunicação era feita uma auto-propaganda do Brasil, a fim de que a moral do brasileiro se elevasse. Eram utilizados slogans como "Brasil: Ame-o ou Deixe-o".
O general Ernesto Geisel assume em 1974 e deixa o poder em 1979. Seu governo é marcado pelo começo de uma abertura política institucional "lenta, gradual e segura", como dizia o próprio general. O regime militar estava em crise e era preciso tomar algumas medidas de distensão.
Em 1974, o MDB vence as eleições legislativas, o que causa revolta na Linha Dura. A medida tomada por esses não poderia deixar de ser a repressão e para conter o avanço da oposição decretou-se o Pacote de Abril, em 1977. As novas medidas adotadas eram: mandato presidencial de 6 anos, “senador biônico”, ou seja, eleito por votação indireta e também eleições indiretas para governador.
Uma das medidas mais importantes tomada por Geisel foi a revogação do Ato Institucional número 5.
O general João Batista Figueiredo assume em 1979 e, conforme a nova lei, deixa o poder apenas seis anos depois, em 1985. Seu governo é uma continuação do anterior, isso quer dizer, a crise econômica se aprofunda, fortemente influenciada pela crise do petróleo de 1973. As medidas de abertura institucional prosseguem através da Lei da Anistia e da liberdade de imprensa. Uma reforma partidária garantiu o pluripartidarismo, que impulsionou a grande campanha nacional para eleições diretas que ficou conhecida como Diretas Já. Essas viriam a acontecer somente a partir de 1988, após a nova constituição, porém, através ainda do voto indireto, foi eleito Tancredo Neves, do PMDB, sucessor de Figueiredo. Era o fim do regime militar no Brasil.
(UFAL) Com o Golpe de Estado de 1964, o Brasil passou a ser governado por militares. Alguns presidentes do período 1964-1985 foram:
(UFRS) Com relação ao Regime Militar brasileiro, relacione as características políticas e econômicas de cada governo, expressas no bloco inferior, com o respectivo presidente, constante no bloco superior.
1 - Emílio Médici
2 - João Figueiredo
3 - Ernesto Geisel
4 - Castelo Branco
5 - Costa e Silva
( ) alinhamento com os EUA e recessão econômica
( ) crise econômica e abertura política
( ) repressão política e "milagre econômico"
( ) divergência com os EUA e projetos estratégicos
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(UFMT) Após o golpe militar de 1964, o Brasil adotou um modelo econômico que resultou na concentração de rendas em prejuízo de sua distribuição, embora, baseando-se em alguns indicadores, tenha sido propagada a ocorrência de um "milagre brasileiro". A respeito, julgue os itens.
(U.F.Lavras-MG) Os governos militares que integraram o período do Regime Militar no Brasil (1964-1985) foram caracterizados por ações distintas. Assim, o início do período que se convencionou chamar de "milagre econômico" e a consolidação da chamada "abertura política" se deram, respectivamente, nos governos
(FUVEST) Sobre o fim do período militar no Brasil (1964-1985), pode-se afirmar que ocorreu de forma:
(UFSC) Assinale o(s) acontecimento(s) ocorrido(s) no Brasil, no período entre 1964 e o início da chamada Nova República.
(FATEC) Os governos dos presidentes Geisel e Figueiredo foram marcados pela chamada "distensão política, gradual e segura". Sobre ela pode-se afirmar:
(Cesgranrio) Durante o período militar brasileiro, instalou-se uma nova dinâmica nas relações entre o capital nacional, o capital estrangeiro e o Estado. Assinale a opção que NÃO corresponde a uma característica dessa nova dinâmica:
Confira como foi a presidência de Castelo Branco (1964-1967), o primeiro presidente da ditadura militar instaurada em 1964.
Costa e Silva foi o segundo presidente da ditadura militar brasileira (1967-1969). Durante o seu governo, iniciou-se o "Milagre Econômico" e foi assinado o AI-5 (Ato Institucional Número Cinco).
O governo de Médici (1969-1974) ficou marcado pelo Milagre Brasileiro, quando a economia cresceu excepcionalmente.
Durante o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) ocorreu o início da abertura política e fim do milagre econômico brasileiro.
João Figueiredo foi o último presidente (1979-1985) da ditadura militar. A formalização da Leia da Anistia e a campanha pelas Diretas Já marcaram o seu governo.