Movimento nascido na França, entre o fim do século XIX e início do século XX, o Simbolismo sobrepôs-se ao Parnasianismo e a todo o pensamento científico e positivista da época. Reagindo contra a objetividade, o materialismo e o racionalismo, os simbolistas voltavam aos valores do Romantismo, trazendo à tona a subjetividade, a valorização do eu e os sentimentos.
O desenvolvimento do movimento simbolista deu-se em grupos da sociedade que não acompanharam o desenvolvimento científico e econômico da época e não apoiavam qualquer tipo de prestígio social e material (aristocracia decadente, população da classe média). Esta nova sociedade, com base no capitalismo e desejando a conquista de novas terras e mercados com a finalidade de aumentar os lucros (o que culminaria na Primeira Guerra Mundial, em 1914), era desprezada por estes grupos.
Os artistas simbolistas, de forma geral, não acreditavam na explicação absoluta da ciência para tudo que ocorria no mundo, assim como também não acreditavam numa arte que fazia um retrato completo da realidade. Desta descrença surgiu uma arte que fazia uso de símbolos, imagens e metáforas para sugerir a realidade, sem mostra-la objetivamente, construindo uma ambiguidade nas obras.
Aproximando-se do Parnasianismo, o Simbolismo também foi uma arte onde a poesia era predominante, sugerindo a realidade por meio de uma linguagem formal e elevada. A aproximação, no entanto, só ocorre na linguagem. As temáticas envolvem o gosto por temas vagos, como o sonho, o nada, o belo, o mundo espiritual e o misticismo, trazendo à tona “viagens” ao interior do ser humano, superação de barreiras físicas e entrada no campo espiritual, desprezando qualquer tipo de racionalidade e realidade concreta.
Temos também uma ligação a várias religiões, desejo de explorar a mente humana e também temáticas mórbidas e pessimistas, semelhantes aos ultrarromânticos (segunda fase do Romantismo).
No Brasil, o movimento ocorreu de forma diferente, sendo paralelo ao Parnasianismo, quase abafado por este. Seu início foi em 1893, com duas obras de Cruz e Sousa: Missais e Broquéis. Saindo do Rio de Janeiro, o panorama histórico do Simbolismo brasileiro seguiu o europeu.
Apesar de quase ter sido abafado, a produção simbolista no Brasil teve grande significado, servindo de terreno para o desenvolvimento de movimentos posteriores a ele, no século XX.
Os principais autores brasileiros são: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
(UFPE/2004) Como escola literária, o Simbolismo:
(UFPE/2004) Quais as características do Simbolismo que podem ser observadas nos versos abaixo?
Infinitos espíritos dispersos
Inefáveis, edênicos, aéreos
Fecundai o mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios
(UFRS/1997) Sobre o Simbolismo brasileiro é correto afirmar que