O início do movimento Realista no Brasil geralmente é atribuído ao ano de 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que além de ser marco para o movimento Realista é considerado também um marco em sua carreira. Embora seja atribuído este início do movimento ao ano de 1881, vemos o início da difusão de ideias realistas com a publicação O Primo Basílio do realista português Eça de Queirós, em 1878. Na época desta publicação, Machado ainda tinha grande influência romântica e fez duras críticas ao estilo realista de Eça.
A prosa realista no Brasil surge com uma perspectiva menos idealizada, baseada no real, no cotidiano, sem subjetivismo. Existe uma crítica aos costumes, aos valores falidos e vemos em algumas obras uma análise mais profunda do caráter e da mudança deste caráter das personagens. Estas não são mais os heróis românticos e sim retratos reais de pessoas reais, com todos os defeitos e qualidades, não sendo mais uma idealização.
Machado de Assis é o grande nome deste tipo de produção: após o fim de sua fase romântica, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, temos várias outras obras realistas, como Quincas Borba, Esaú e Jacó e Dom Casmurro.