Nascido na França, com Théophile Gautier, o Parnasianismo chegou ao Brasil em meados de 1870, influenciado diretamente por publicações parnasianas difundidas em Portugal durante a Questão Coimbrã, por volta de 1860. Seu nome é derivado de Parnaso, nome de um monte na Grécia onde, segundo a mitologia, vivem as musas e o deus Apolo, sendo, portanto um lugar de inspiração poética.
Apesar de ter seu início na mesma época que o Realismo e o Naturalismo, sendo produto da mesma época histórica destes movimentos, o Parnasianismo no Brasil é comumente considerado posterior a estes. Em 1870, houve um início de difusão das ideias parnasianas através da Batalha do Parnaso, um embate literário ocorrido através do Diário do Rio de Janeiro que trazia publicações de defesas e ataques de românticos, realistas e parnasianos, cada qual defendendo seu ponto de vista, sendo que realistas e parnasianos eram contrários aos românticos.
O Parnasianismo veio fazendo oposição direta ao Romantismo, desprezando a simplicidade de temáticas e linguagens românticas e também desprezando os exageros sentimentais românticos. Com desejo de restaurar uma poesia clássica, este movimento promovia a ideia de "arte pela arte", voltando-se para si próprio, para sua arte, de forma a alcançar a beleza e perfeição.
Sendo um movimento onde a poesia predominava, o Parnasianismo defendia o emprego de versos perfeitos e harmônicos. O soneto era a forma mais comum e a linguagem das poesias era objetiva e elevada. Como é um movimento de oposição ao Romantismo, o conteúdo destas poesias saiu do campo de idealizações e subjetivismos para dar lugar ao racionalismo e ao universalismo.
Na contramão do Realismo e do Naturalismo, a poesia parnasiana ainda tinha um distanciamento do retrato da realidade que estes movimentos traziam. Os parnasianos não se preocupavam com denúncia de elementos sociais e políticos e não tinham qualquer apelo à moral. Além desse distanciamento da realidade, a poesia parnasiana, com seu apego ao clássico, trazia à tona elementos da mitologia grega e latina.
Os principais autores do período são: Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira.
(UEL-PR/1998) Olavo Bilac e Alberto de Oliveira representam um estilo de época de acordo com o qual:
(UNIFESP/2004/Adaptado) O poema de Raimundo Correia ilustra o Parnasianismo brasileiro. Dele, podem-se depreender a seguintes características desse movimento literário:
(UFPB) A propósito da poesia parnasiana, é correto afirmar-se que ela: