Naturalismo no Brasil

Início do naturalismo no Brasil

Para o chamado Naturalismo, o marco atribui-se ao romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, também em 1881. Em algumas definições, podemos ver o Realismo e o Naturalismo como parte de um mesmo movimento o que não é incorreto, tendo em vista que o Naturalismo é visto como uma tendência mais avançada do Realismo, porém com um teor mais científico além da crítica social, da representação da realidade e do engajamento que o Realismo possui em suas obras.

Prosa naturalista

A prosa naturalista vem junto da difusão de ideais científicos que, no final do século XIX e início do XX, ganharam força. Com Émile Zola, vemos o surgimento do chamado romance experimental, tipo de romance em que o homem é apenas um caso a ser estudado dentro de um determinado ambiente que pode imprimir nele várias mudanças, funcionando como um experimento científico.

Assim como no Realismo, no Naturalismo também traz a representação do cotidiano e de questões sociais, fazendo denúncia, mas trazendo uma crítica mais ácida e aos valores da sociedade porque temos um homem como resultado do ambiente em que vive e que muda seu caráter de acordo com leis sociais impostas. Além desta característica exterior que modifica o homem, temos este agindo de acordo com seus instintos, de acordo com suas leis biológicas. Em alguns casos, algumas características e atos do homem são encarados como doenças que necessitam de uma cura.

Obras e autores naturalistas

São atribuídos ao movimento naturalista os autores: Aluísio Azevedo, com O Cortiço, O Homem, O Mulato; Adolfo Caminha, com O Bom Crioulo; Raul Pompéia, com O Ateneu; Júlio Ribeiro, com A Carne.

Bibliografia
  • CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Literatura – história & texto – vol 2. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
  • CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira: ensino médio. 2.ed reform. São Paulo: Atual, 2000.

Ana Gabriela Figueiredo Perez

Estudos Literários - Unicamp

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