Brasil Colônia

Durante a primeira fase pós-descoberta do Brasil pelos portugueses, as relações entre portugueses e a nova terra descoberta foram muito limitadas, se baseando principalmente em ser um entreposto à África e relação de troca com os índios (escambo), baseando-se e principalmente na extração do pau-brasil. Com a expansão tardia de outros países europeus como concorrência nas rotas para o oriente, o interesse português nas terras americanas cresceu. É nesse contexto que chega ao Brasil Martim Afonso de Souza, que com a autorização de dom João III cria as 15 capitanias hereditárias.

Capitanias Hereditárias

É nesse período que a coroa portuguesa concede a nobreza o direito de administrar regiões, no qual esses donatários tinham a posse, mas não a propriedade. Entre seus direitos e obrigações está à fundação de vilas, concessão de sesmarias, redízima sobre as rendas da coroa e cobrança de tributos. Vale a pena lembrar que estas capitanias eram inalienáveis. Contudo, por diversas razões, como a distancia entre a colônia e a metrópole, a falta de investimentos e a resistência indígena, as capitanias não deram certo. Apenas São Vicente e Pernambuco obtiveram certo sucesso.

Governo Geral

É decidido então criar um sistema mais complexo baseado no absolutismo europeu: o Governo Geral. Sediado em Salvador, a colônia tinha um único governante e tinha os cargos políticos preenchidos por senhores de terra, que representavam o interesse local. Vale à pena lembrar que embora fosse um sistema centralizador havia muito pouco contato entre as capitanias, o que levava na prática a certa autonomia e liberdade. De 1548 a 1808 o Brasil teve 53 governadores gerais, os quais eram nomeados pelo rei. Entre eles estava Tomé de Souza (1549-1553), Duarte da Costa (1553-1558) e Mem de Sá (1558-1572).

Bibliografia
  • Salomão, Gilberto Elias. História, livro 2. Sistema de Ensino Poliedro, Editora Poliedro,São José dos Campos, 2011.
  • Ferreira, João Paulo Mesquita Hidalgo e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes. Nova História Integrada (Ensino Médio – Volume Único). Companhia da Escola, Campinas, 2005.

Bruna Braga Fontes

História - USP

  • Ciclo do Ouro

    O ciclo do ouro (mineração) foi um período no qual a extração e exportação do ouro tournou-se a base da economia brasileira. Isso gerou uma concentração populacional na região centro-sul e ajudou no desenvolvimento do mercado interno.

  • Tratado de Tordesilhas

    O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 1494 entre os reinos de Portugal e Espanha. O tratado consistia na divisão das terras descobertas e das que estavam por descobrir.

  • Escravidão no Brasil

    A escravidão no Brasil começou no período colonial e continuou até o final do período imperial. Os escravos eram usados na agricultura, pricipalmente da cana-de-açúcar, e o tráfico deles gerou um grande lucro para a coroa portuguesa.

  • Ciclo da Cana-de-Açúcar

    O ciclo da cana-de-açúcar foi baseado no plantation e se desenvolveu no litoral nordestino. O declínio ocorreu devido a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas pelos holandeses.

  • Capitanias Hereditárias

    Em 1532 o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias com o objetivo de desenvolver e proteger as regiões. Apenas Pernambuco e São Vicente prosperaram.

  • Inconfidência Mineira

    A Inconfidência Mineira (Conjuração Mineira) foi uma revolta de carater elitista, que tinha com objetivo o fim da derrama, do Pacto Colonial e a implantação de um governo republicano. Tiradentes foi um dos principais nomes da conjuração.

  • Revolução Pernambucana

    A Revolução Pernambucana (Revolução dos Padres) ocorreu no nordeste brasileiro e teve caráter republicano e nativista. Esse conflito fez parte de uma série de "movimentos autonomistas" ocorridos naquela época.

  • Governo Geral

    O Governo Geral foi criado durante o período colonial devido a falência do sistema de Capitanias Hereditárias. Os três principais governadores gerais do brasil foram Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá.

  • Bandeiras

    As Bandeiras foram movimentos exploratórios, que ocorreram principalmente no atual estado de São Paulo, com objetivo de conseguir escravos e ouro.

  • Movimentos Nativistas

    Os movimentos nativistas, que aconteceram no Brasil colonial, ocorreram principalmente devido a causas econômicas. As principais rebeliões foram a Aclamação de Amador Bueno, a Revolta de Beckman, a Guerra dos Emboadas e a Guerra dos Mascates.

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