Os vícios de linguagem são desvios da norma gramatical e são muito comuns, seja por desconhecimento das normas da língua portuguesa ou por descuido de quem fala/escreve. Os vícios de linguagem mais comuns são:
Ocorre quando uma frase ganha duplo sentido.
Sua – palavra que causa dois sentidos: o primeiro é que a mãe estava passeando com a irmã da pessoa para a qual está sendo dita a frase; o segundo é que a mãe estava passeando com a irmã, a qual seria tia da pessoa para a qual está sendo dita a frase.
Ocorre quando pronunciamos ou escrevemos incorretamente uma palavra.
Ocorre quando, após o uso de algumas palavras numa frase, há a sonoridade desagradável ou uma palavra de sentido ridículo.
Por cada – sonoridade desagradável que produz uma palavra “porcada”, que no contexto é ridículo.
Vi ela – sonoridade desagradável e produção da palavra “viela”, que não faz sentido.
Ocorre quando há o uso desnecessário de palavras provenientes da língua estrangeira.
Show – a palavra aqui pode ter o uso desnecessário porque há uma correspondente em nossa língua, que é espetáculo.
Ocorre quando há uma aproximação de vogais iguais.
Andreia irá ainda hoje ao médico.
Ocorre quando há a sequência de consoantes (iguais ou diferentes).
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Ocorre quando as palavras possuem a mesma terminação. É semelhante à rima da poesia, mas esta repetição é caracterizada como vício porque ocorre na prosa.
A flor tem odor e frescor.
Ocorre quando há uma repetição desnecessária, o que causa redundância.
A expressão em destaque mostra a redundância, porque quando dizemos para alguém entrar, é para dentro de algum lugar, não sendo necessária a repetição da palavra "dentro".