Adjunto Adnominal

O adjunto adnominal caracteriza, determina, modifica ou qualifica um substantivo, atribuindo características, qualidades, modo de ser, etc, a ele. Pode ser um adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome adjetivo e numeral. Entre ele e o termo referente não existe nenhum outro termo.

O adjunto adnominal, às vezes, pode ser confundido com complemento nominal ou com predicativo, mas é importante prestar atenção às características dos últimos:

Diferença entre Complemento nominal e Adjunto adnominal

O complemento nominal acompanha substantivo, adjetivo e advérbio, indica alvo de uma ação e só pode ser substantivo abstrato. O adjunto adnominal, por sua vez, acompanha qualquer tipo de substantivo e indica o agente de uma ação. Exemplo:

Os investimentos do governo com educação deveriam ser maiores.
      subst abstr           ativo (governo é investidor)

No exemplo acima, vemos o governo que investe, sendo agente do investimento. A frase, portanto, é um adjunto adnominal. Veja outro exemplo:

A minha ida ao dentista foi cancelada.
     subst abstr         passivo (eu vou ao dentista, eu é agente, dentista é paciente)

No exemplo anterior vemos o sujeito "eu" que vai ao dentista, este último é passivo porque receberá a ação de minha visita. A frase, portanto, é complemento nominal.

Diferença entre Predicativo e Adjunto adnominal

O predicativo é um termo que atribui características ao sujeito e ao objeto. É acompanhado de verbo, preposições ou pelo conectivo como. Sendo termo essencial da oração, para descobrir se é predicativo ou adjunto é só fazer a substituição do sujeito ou do objeto por um pronome: o que for dispensável é adjunto, o que não for é predicativo. Exemplos:

  • Pintei aquela parede velha ontem.
  • Pintei-a ontem.

Note que ‘velha’ desaparece sem alterar o sentido da frase. Neste caso, é adjunto adnominal. Outros exemplos:

  • Considero sua decisão infeliz.
  • Considero-a infeliz.

Nestes exemplos, note que "infeliz" vem para completar "decisão" e não desaparece da frase porque é essencial. Neste caso, é predicativo.

Bibliografia
  • CEGALLA, Domingos Paschoal. Nova minigramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
  • CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens – vol 2. 5.ed. São Paulo: Atual, 2000.
  • CIPRO NETO, Pasquale ; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. São Paulo; Scipcione, 2008.
  • FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. Ed renovada. São Paulo: FTD, 2007.

Ana Gabriela Figueiredo Perez

Estudos Literários - Unicamp

Conteúdos relacionados

5

Racha Cuca+