São elementos fundamentais na construção de um poema. De forma geral, um verso corresponde a uma linha do poema, uma estrofe é uma unidade com alguns destes versos e a rima é a repetição sonora de palavras que podem estar no final ou no interior dos versos.
Correspondente a uma linha do poema, o verso é contado em números e sílabas. Pode ser dividido em:
Este grupo de versos também pode ser dividido em:
Dois e Três Versos
Temos formas com dois e três versos (dístico e terceto, respectivamente), as quais não constituem estrofes propriamente ditas, pois não há rima. Apesar disso, não é incorreto dizer que também são estrofes.
Estas coincidências de sons também possuem suas classificações, podendo ser:
Conhecidas como tipo AABB. Confira um exemplo de rima emparelhada:
Aos que me dão lugar no bonde (A)
e que conheço não sei de onde, (A)
aos que me dizem terno adeus (B)
sem que lhes saiba os nomes seus (B)(Carlos Drummond de Andrade)
Conhecidas como tipo ABBA. Veja um exemplo de rima interpolada:
Eu, filho do carbono e do amoníaco, (A)
Monstro de escuridão e rutilância (B)
Sofro, desde a epigênese da infância, (B)
A influência má dos signos do zodíaco (A)(Augusto dos Anjos)
Conhecidas como tipo ABAB. Observe um exemplo de rima alternada:
Minha desgraça, não, não é ser poeta, (A)
Nem na terra de amor não ter um eco, (B)
É meu anjo de Deus, o meu planeta (A)
Tratar-me como trata-se um boneco (B)(Alvares de Azevedo)
Dentre os versos existem também os que não possuem rima. Neste caso são chamados de versos brancos (ou livres).