Para o chamado Naturalismo, o marco atribui-se ao romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, também em 1881. Em algumas definições, podemos ver o Realismo e o Naturalismo como parte de um mesmo movimento o que não é incorreto, tendo em vista que o Naturalismo é visto como uma tendência mais avançada do Realismo, porém com um teor mais científico além da crítica social, da representação da realidade e do engajamento que o Realismo possui em suas obras.
A prosa naturalista vem junto da difusão de ideais científicos que, no final do século XIX e início do XX, ganharam força. Com Émile Zola, vemos o surgimento do chamado romance experimental, tipo de romance em que o homem é apenas um caso a ser estudado dentro de um determinado ambiente que pode imprimir nele várias mudanças, funcionando como um experimento científico.
Assim como no Realismo, no Naturalismo também traz a representação do cotidiano e de questões sociais, fazendo denúncia, mas trazendo uma crítica mais ácida e aos valores da sociedade porque temos um homem como resultado do ambiente em que vive e que muda seu caráter de acordo com leis sociais impostas. Além desta característica exterior que modifica o homem, temos este agindo de acordo com seus instintos, de acordo com suas leis biológicas. Em alguns casos, algumas características e atos do homem são encarados como doenças que necessitam de uma cura.
São atribuídos ao movimento naturalista os autores: Aluísio Azevedo, com O Cortiço, O Homem, O Mulato; Adolfo Caminha, com O Bom Crioulo; Raul Pompéia, com O Ateneu; Júlio Ribeiro, com A Carne.