Forma típica do Nordeste brasileiro, a literatura de cordel é um gênero literário popular, derivado da tradição oral, tendo seu surgimento e desenvolvimento a partir de cantigas trovadorescas, histórias populares e ainda da fala das pessoas. Com o tempo, os artistas populares começaram a registrar seus trabalhos em folhas soltas, as quais, presas em barbantes, garantiam liberdade de movimentação (o nome cordel viria destes folhetos pendurados em cordas).
No Brasil, a literatura de cordel foi introduzida na época da colonização, na Bahia, seguindo para outros estados do Nordeste brasileiro. É uma herança europeia, já que as origens do gênero se deram a partir de formas populares do continente europeu.
Apesar da literatura de cordel ter sido introduzida no Brasil desde a época da colonização, foi somente no século XIX que o país começou a ter suas produções, com características próprias. Os temas envolviam fatos históricos, religião, lendas, histórias do cotidiano, etc.
A estrutura da literatura de cordel é marcada pela composição de um poema em versos rimados, sem número fixo e com temas diversos. Sendo uma forma oral, o poema pode ser recitado ou acompanhado por música. As formas impressas em folhetos ainda permanecem na literatura de cordel brasileira atual, as quais fazem uso da xilogravura para ilustra-lo.