Curiosidades sobre o Novembro Azul

O câncer de próstata tem alta incidência entre os homens que, por questões culturais ou por puro machismo, se recusam a fazer exames preventivos. O Novembro Azul veio para esclarecer e alertar a população masculina neste sentido e salvar vidas.

Aqui você fica sabendo mais sobre o que é o Novembro Azul. Vamos lá, então?

Origem do Novembro Azul

O Novembro Azul tem a sua origem na Austrália, em 2003, quando um grupo de homens deixou deliberadamente os bigodes crescerem, para chamar a atenção para a saúde masculina. O movimento cresceu e daí foi fundada a Movember Foundation, que é uma instituição sem fins lucrativos. À semelhança do Outubro Rosa, o movimento busca conscientizar os homens sobre a necessidade de prevenção do câncer de próstata e da saúde do homem.

A Movember Foundation

Iniciada em 2003, a Movember Foundation já arrecadou mais de 800 milhões e tem financiado projetos em todo o mundo. Os focos da Fundação são o câncer de próstata e de testículo, saúde mental e prevenção de suicídios.

Novembro Azul no Brasil

O Instituto Lado a Lado com a Vida, juntamente com a SBU – Sociedade Brasileira de Urologia tem intensificado a campanha no Brasil, principalmente a partir de 2008, levando esclarecimentos e informações a respeito do câncer de próstata, além da realização de exames gratuitos ou subsidiados. À semelhança do Outubro Rosa, prédios e monumentos são também iluminados em azul durante o mês de novembro.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que fica abaixo da bexiga e é a principal responsável pela produção do sêmen, necessário à reprodução humana.

O que é o câncer de próstata?

O câncer de próstata tem grande incidência nos homens. Como o crescimento anormal da próstata (o tumor) ocorre lentamente, a detecção de um provável câncer é bastante complicada, pela própria ausência de sinais. Aliado à esta questão, temos a resistência, até mesmo cultural, dos homens em se submeterem aos exames de verificação da situação da próstata, principalmente o toque retal.

Câncer de próstata no Brasil

O INCA – Instituto Nacional do Câncer, estima que entre 2020-2022 teremos mais de 68.000 novos casos de câncer de próstata por ano, ou 204.000 no triênio. Estes números projetam praticamente 63 casos para cada 100.000 homens. As estatísticas do Instituto indicam que um em cada nove homens serão acometidos deste tipo de câncer durante suas vidas. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás somente do câncer de pulmão.

Fatores de risco para o câncer de próstata

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, os principais fatores para o câncer de próstata, ou seja, aqueles que aumentam o risco de se ter a doença são:

  • a) a idade, pois o risco aumenta à medida que se fica mais velho. Os dados de diagnósticos indicam que nove em cada dez resultados positivos acontecem em homens maiores de 55 anos;
  • b) hereditariedade: o risco é aumentado quando há casos na família;
  • c) sobrepeso e obesidade: risco também aumentado para pessoas com peso corporal elevado. 

Câncer de proposta no mundo

A IARC – Agência Internacional de Pesquisa em Câncer estima que o câncer de próstata seja o sexto tipo mais frequente de câncer no planeta e o segundo que mais leva à mortalidade entre os homens. Em sua maioria, atinge homens com mais de 65 anos de idade (daí a necessidade de exames preventivos) e é mais presente em afrodescendentes. Praticamente a cada oito minutos um novo caso é detectado. Morre um homem a cada 40 minutos por câncer de próstata.

Principais exames para detecção do câncer de próstata

Os dois principais exames para o diagnóstico deste câncer são o PSA – Antígeno Prostático Específico, feito através da coleta de sangue. É feita a medida deste antígeno, que se apresenta alto quando há tumor na próstata. O exame mais importante, entretanto, é o de toque retal, que não dura mais de dois minutos e é praticamente indolor. Ele é indispensável para que o médico possa detectar alterações na próstata. Nos casos de suspeita de câncer podem ser solicitados outros exames, como biópsia, ultrassom ou ainda a cintilografia óssea.

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