O pesquisador educacional Benjamin Bloom estudou 120 pessoas extremamente bem sucedidas. Nesse grupo estavam pianistas, escultores, nadadores olímpicos, tenistas de nível mundial, matemáticos e pesquisadores da área de neurologia. A maioria deles não eram notáveis quando criança e não mostravam talento antes de começarem a treinar seriamente. Mesmo na adolescência não era possível prever as conquistas através das habilidades que eles tinham. Uma motivação continua e o comprometimento, associados com apoio de pessoas próximas, os levaram até o topo.
Após 40 anos de pesquisas sobre aprendizagem na escola nos Estados Unidos e no resto do mundo, a conclusão de Bloom é a seguinte: “O que qualquer pessoa no mundo consegue aprender, quase todas as outras também conseguem se forem fornecidas condições apropriadas para o aprendizado.” Ele não está levando em consideração os 2 ou 3 porcento de crianças com deficiências graves e os outros 2 porcento que estão na outra extremidade (no topo). Ou seja, ele leva em consideração todos os demais.
Pesquisas como essa mostram que o Brasil pode ter muito mais que os melhores jogadores de futebol do mundo. Isso será possível quando o nosso governo começar fornecer condições necessárias para o desenvolvimento intelectual de grande parte dos nossos jovens.
Saiba mais
Livro “Mindset: The New Psychology of Success” da psicóloga Carol Dweck.