Curiosidades sobre o Setembro Amarelo

O suicídio tem se tornado um problema recorrente em várias regiões do mundo e não é diferente no Brasil. A taxa de suicídios no nosso país tem crescido ao longo das últimas décadas e estão a exigir a elaboração de políticas públicas de enfrentamento da situação. O Setembro Amarelo, campanha anual do Centro de Valorização da Vida, é um importante instrumento de conscientização sobre o tema. 

Que tal então conhecer um pouco mais sobre o Setembro Amarelo?     

O que é o Setembro Amarelo?

O setembro amarelo é uma campanha anual presente em mais de setenta países que tem como foco principal disseminar informações relacionadas à prevenção ao suicídio, conscientizando a população, através de várias atividades, sobre a necessidade de sensibilização para este grave e crescente problema de saúde pública e mental.   

Qual a origem do Setembro Amarelo?

Consta que o jovem americano Michael Emme tirou a própria vida em 8 de setembro de 1994 em seu Ford Mustang amarelo que ele mesmo havia reformado. Os pais então decidiram que o suicídio de Michael poderia servir de alerta para outros pais e filhos se prevenirem de situações desta natureza e daí tiveram a ideia de confeccionar fitas amarelas com uma mensagem relacionada à necessidade de se buscar ajuda para o problema. 

Setembro Amarelo e a Yellow Ribbon

A partir desta simples iniciativa – a confecção de fitas e cartões com mensagens de apoio – foi criada a Yellow Ribbon, um amplo programa de prevenção ao suicídio, com mais de 110.000 vidas salvas desde a sua criação. 

O Setembro Amarelo no Brasil

Por iniciativa do CVV – Centro de Valorização da Vida, do CFM – Conselho Federal de Medicina e da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria, foi realizada a primeira campanha no Brasil em 2005, inicialmente em Brasília, mas depois em várias outras cidades do país. 

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Em 2003 a IASP – Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, propôs o dia 10 de setembro como referência para se prevenir o suicídio, através de variadas atividades ao redor do mundo e também como forma de pressionar os diferentes governos da necessidade de se adotar políticas públicas relacionadas ao assunto. 

O que é o CVV – Centro de Valorização da Vida

Os Centros de Valorização da Vida são instituições de caráter voluntário, sem fins lucrativos, que tem como objetivo prestar apoio emocional para prevenção do suicídio. Mais de um milhão de atendimentos são feitos anualmente em todas as partes do mundo (ainda que sob outras denominações em outros países). Segundo dados do CVV, há cerca de 110 postos espalhados pelo Brasil e 3400 voluntários que se revezam em um trabalho ininterrupto, 24 horas por dia e 365 dias por ano. Os atendimentos são feitos através do telefone 188, por email, chat e até pessoalmente, nos postos físicos.

Suicídios no mundo

Segundo dados da OMS – Organização Mundial de Saúde, o suicídio é responsável pela morte de 800.000 pessoas anualmente em todo o mundo, ou uma morte a cada quarenta segundos. Ainda segundo a OMS, houve queda no número de suicídios em praticamente todas as regiões do mundo (9,8%) entre 2010 e 2016, mas com crescimento de 6% nas Américas. A Guiana apresenta a maior taxa de suicídios por pessoa (30,2 por 100.00), principalmente por pesticidas. A Rússia está em segundo, mas lá a causa da morte é maior por consumo de álcool. 

Há dados indicando que mais da metade dos suicídios acontecem em pessoas menores de 45 anos. Entre jovens de 15 a 24 anos o suicídio é a segunda maior causa de mortes. 

Suicídios no Brasil

No Brasil entre 2006 e 2015 houve expressivo aumento (24%) nos casos de suicídios nas seis maiores cidades brasileiras, segundo estudos da Universidade Federal de São Paulo. No interior, este número aumentou em 13%. A capital com maior número de suicídios é Belo Horizonte, com 3,13% de mortes para cada 100.000 habitantes, seguida de Porto Alegre, com 2,44.   

Causas de suicídios

O uso de drogas ilícitas, depressão e esquizofrenia são os problemas psiquiátricos principais pelas ocorrências de suicídio os quais, se tratados corretamente, diminuiriam em 90% o número de óbitos. Os meios mais comuns de suicídios são armas de fogo, envenenamentos (por pesticidas e defensivos agrícolas) e enforcamento.               

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