Elas rastejam, se penduram em árvores e podem te picar: isso é tudo que a maioria das pessoas conhecem sobre as cobras. Aqui seguem mais algumas curiosidades sobre esses seres tão fascinantes – e por vezes perigosos.
As cobras ancestrais já tiveram patas
Pode ser difícil de acreditar, mas as cobras tiveram patas em algum momento da história evolutiva. Pelo menos é isso que revelam alguns paleontólogos, com base em fósseis de ofídios encontrados tanto no Brasil como na Argentina. Os fosseis datam de 55-70 milhões de anos, e apresentam somente os membros posteriores, ou mesmo as quatro patas. Não se sabe ainda porque as cobras “perderam” os membros, mas algumas cobras, como a píton, apresentam esporões na região pélvica, como resquício da perda dos membros posteriores.
As cobras são muito importantes para os ecossistemas
Muitas das vezes pensamos nas cobras como perigosas, devido ao veneno potente, e esquecemos de como elas são importantes na ecologia. Nas chamadas teias alimentares, elas são consumidoras primárias ou secundárias, ou seja, se alimentam de presas pequenas, principalmente sapos, rãs e roedores como o rato doméstico, ao mesmo tempo que outros predadores se alimentam de cobras, caso dos gaviões. Ou seja, elas ajudam a controlar a população de ratos e evitar que possíveis pragas se espalhem.
Como identificar uma cobra é peçonhenta?
Existem, porém, aquelas espécies de cobras das quais realmente devemos ter cuidado. Porém nem toda cobra que possui veneno é peçonhenta, ou seja, que pode inocular veneno quando ataca. É o caso de cobras como jararaca, cascavel, surucucu e coral verdadeira. Uma cobra é peçonhenta se tiver uma fosseta loreal (dois “buracos” no focinho), cabeça com formato triangular e presas anteriores, cauda que afina no fim de forma abrupta. Porém, cuidado: algumas cobras peçonhentas podem não possuir essas características, como a cobra coral.
Anaconda: a maior cobra do mundo atualmente
A anaconda se tornou famosa graças a Hollywood. Até o momento, Anaconda é uma série de cinco filmes que mostram – exageradamente – uma cobra gigante atacando humanos aparentemente aleatórios. O fato é que as anacondas existem de fato. São na verdade múltiplas espécies de cobras subaquáticas, encontradas nas florestas sul-americanas. A anaconda mais famosa é a anaconda verde, que pode medir entre 5 e 10 metros de comprimento e chegar a 1 metro de largura.
As cobras e a simbologia
A cobra tem sido retratada, desde as civilizações antigas, como a representação do “bem e mal”. Talvez por isso, não é raro vermos cobras e serpentes como símbolos. Por exemplo, o símbolo que retrata a Medicina, o Bastão de Esculápio, retrata uma cobra serpenteando um bastão. Antigamente, se associava serpentes com os templos do deus da medicina (ele mesmo, Esculápio). E os romanos, em 293 a.C., recorreram a uma dessas cobras quando Roma sofreu uma epidemia. A partir daí, associou-se as cobras à cura e à medicina.