Representam as três pessoas gramaticais que conjugam verbos e se relacionam num diálogo, sendo as três pessoas do discurso (quem fala, pra quem fala e de quem se fala). Os pronomes pessoais são classificados de acordo com sua função na oração, ganhando duas divisões: retos e oblíquos. Também fazem parte deste grupo os pronomes de tratamento.
Os pronomes retos são aqueles que assumem a função de sujeito de uma frase. É aquele que conjuga os verbos. Segue a tabela dos pronomes retos:
Pessoa | Pronome |
---|---|
1ª pessoa singular | Eu |
2ª pessoa singular | Tu |
3ª pessoa singular | Ele/Ela |
1ª pessoa plural | Nós |
2ª pessoa plural | Vós |
3ª pessoa plural | Eles/Elas |
Exemplos
Nos dois casos acima, o sujeito é o pronome reto.
Importante
As formas tu e vós são raramente empregadas. Costuma-se utilizar você/vocês, no entanto, não se pode esquecer que esta forma é de terceira pessoa, não segunda, uma vez que o verbo conjugado pelo pronome você/vocês estará sempre em terceira pessoa.
Os pronomes do caso oblíquo, por sua vez, funcionam como complemento de um nome ou um verbo, funcionando como objeto direto ou indireto. Dentro dos oblíquos existem ainda duas outras divisões: átonos: não levam preposição em seu emprego; tônicos: os que levam.
Confira a tabela a seguir:
Pessoa | Átonos | Tônicos |
---|---|---|
1ª pessoa singular | me | mim |
2ª pessoa singular | te | ti |
3ª pessoa singular | se/o/a/lhe | si/ele/ela |
1ª pessoa plural | nos | nós |
2ª pessoa plural | vos | vós |
3ª pessoa plural | se/os/as/lhes | si/eles/elas |
Sujeitos e complementos
É importante colocar que as formas ele/ela/eles/elas, como pudemos ver nas duas tabelas, aparecem tanto no caso reto quanto no oblíquo. Isto ocorre porque estes pronomes podem funcionar como sujeito ou complemento.
Ela partirá amanhã.
No caso acima, ela é sujeito.
O pai brigou com ele.
Nesse outro, quem é sujeito é o pai, ele torna-se apenas complemento.
Na tabela vemos os oblíquos mim, ti, si, nós e vós. Sobre estas formas, é importante ressaltar que, se vierem acompanhadas pela preposição com, a forma se modificará:
Outra modificação ocorre com as formas o, a, os, as, que se transformam em lo, la, los, las quando vem depois de formas verbais terminadas em r, s ou z. Estas ainda transformam-se em no, na, nos, nas quando aparecem após os fonemas am, em, õe, etc.
Ao utilizarmos os pronomes que designam as pessoas gramaticais em um contexto, devemos deixa-los todos de forma uniforme, em concordância. Se conjugamos um verbo em 1ª pessoa, devemos seguir o tratamento em 1ª pessoa.
Concordo com você, por isso o apoiarei na reunião.
Observe aqui o pronome você, de 3ª pessoa, em concordância com o átono o, também de terceira pessoa. Essa é a frase correta, embora o mais comum seja:
Concordo com você, por isso te apoiarei na reunião.
O átono te equivale a segunda pessoa, que seria o tu no caso reto. Neste caso a frase está incorreta, pois não há uniformidade de tratamento, já que você é pronome de 3ª pessoa.
Outra regra de aplicação está relacionada às formas eu e mim, tu e ti. As formas eu e tu, do caso reto, só podem funcionar como sujeito de uma oração, nunca como complemento. Se, em uma frase, elas aparecerem como complemento, deverão ser substituídas por mim e tu, respectivamente.
Muitos obstáculos surgiram entre eu e tu.
Aqui, funcionam como complemento (sujeito é "muitos obstáculos") e por isso estão incorretas, devendo ser substituídas:
Aqui, as formas aparecem no sujeito, estando corretas as duas formas.
O emprego do eu e mim também traz confusão, revelando um vício de linguagem muito comum, onde o pronome oblíquo, incorretamente, começa a conjugar verbos:
Você entregou a carta pra mim ler.
Quem lê sou eu, pronome do caso reto que conjuga verbos e que, consequentemente, é o sujeito da oração. O correto seria:
Você entregou a carta para eu ler.
Outro exemplo:
Para mim, será fácil entregar este trabalho.
Aqui o complemento foi aplicado de forma correta, já que quem vai entregar o trabalho sou eu, pronome que está subentendido e que conjuga o verbo entregar.
Outro caso de aplicação que devemos ficar atentos está relacionado aos pronomes ele/ela/eles/elas. Em alguns casos, estes pronomes aparecem como complemento, no entanto, sem a preposição. Como são pronomes que pedem a preposição se forem complemento, não podemos utiliza-los desta forma e sim como o(s), a(s).
Um último caso de aplicação dos pronomes refere-se àqueles que são utilizados para indicar uma ação do sujeito que reflete nele mesmo. Estes são chamados pronomes reflexivos e são as formas me, nos, te, vos, se, si, consigo.
(FEI-1995) Assinalar a alternativa na qual o pronome pessoal está empregado de forma incorreta:
(UniCat-PR) Assinale o período em que se pode usar a forma consigo:
(FUVEST) Assinale a alternativa em que o pronome pessoal esá empregado corretamente:
(CESGRANRIO) Assinale a opção em que o emprego do pronome pessoal não obedece à norma culta da língua.
(ITA-SP) Indique a alternativa em que há erro gramatical: