Em 15 de novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca, na capital do Brasil, Rio de Janeiro, proclamou a República e se tornou o primeiro Presidente do Brasil. Você sabe como isso aconteceu? Quer saber outras curiosidades e fatos que cercam este feito histórico? O nosso blog é o lugar certo.
Contexto da Proclamação da República
A Monarquia vigorou no país de 1882 (data da independência) até 1889. Neste período, tivemos dois Imperadores de origem portuguesa: Dom Pedro I e Dom Pedro II. Os principais fatores que culminaram na Proclamação da República e na queda do regime monárquico foram: ausência de liberdade, interferência da corte na Igreja Católica, adesão das classes médias aos ideais republicanos, principalmente oriundos das Revoluções Americana e Francesa e diminuição do apoio das oligarquias agrárias à monarquia. O Brasil foi o primeiro país de língua portuguesa a adotar a república como forma de governo.
O que é a República?
O termo república deriva do latim Res Publica, que significa a supremacia do público em relação ao privado e, neste sentido, é um regime que se opõe frontalmente à monarquia. O regime republicano pretende priorizar a coletividade, o interesse e o bem comum, sendo estes considerados superiores à vontade e ao interesse individual.
Presidentes do Brasil no período republicano
Tivemos 38 Presidentes na história da República Federativa do Brasil, considerando todos aqueles que ocuparam o posto, independentemente da forma como foram conduzidos ao cargo. O Presidente que governou o Brasil por mais tempo foi Getúlio Vargas, de 10/11/1937 a 29/10/1945 e de 31/01/1951 a 24/08/1954.
Períodos Republicanos no Brasil
Os historiadores costumam dividir a história republicana no Brasil em seis períodos: República Velha (1889-1930); Segunda República (1930-1937); Terceira República ou Estado Novo (1937-1946); Quarta República (1946-1964); Ditadura Militar (1964-1985) e Nova República (1985 até hoje).
A República Brasileira em crise – Parte 1
Evidentemente que todos os países do mundo já passaram por crises internas mais ou menos severas, que podem inclusive culminar em guerras civis. No Brasil há três momentos recentes em que tanto a democracia como a república foram postas em xeque: o golpe militar de 1964 que, mesmo não pondo fim à República, significou o cerceamento das liberdades individuais e coletivas, o aprisionamento e a morte de centenas de opositores ao regime. Instalou a chamada Ditadura Militar, que durou 21 anos.
A República Brasileira em crise – Parte 2
O momento seguinte foi a interrupção do mandato do Presidente Fernando Collor de Melo (1990-1992), que, em um contexto de recessão econômica, inflação nas alturas e denúncias de corrupção, sofreu um processo de impeachment e renunciou ao mandato, tendo os seus direitos políticos suspensos por oito anos. Assumiu a Presidência o Vice, Itamar Franco.
A República Brasileira em crise – Parte 3
O terceiro e mais recente episódio foi o processo de impeachment da Presidente Dilma Roussef (2011-2016), durante o seu segundo mandato. Em um processo extremamente conturbado e com reviravoltas quase diárias, a Presidente foi definitivamente afastada em agosto de 2016. O Vice Michel Temer assume a Presidências. Porém, uma votação ocorrida logo após, manteve seus direitos políticos. Ela se candidata ao Senado na eleição seguinte, por Minas Gerais, mas é derrotada.
A República mais antiga do mundo
Um pequeno país de apenas 61 km² e incrustado dentro da Itália é a república mais antiga do mundo. Trata-se de San Marino, fundada no ano de 301 e que ostenta um dos maiores PIB – produto interno bruto – por pessoa do mundo. A população é de pouco mais de 30.000 habitantes.
A República mais nova do mundo
A República do Sudão do Sul, no continente africano, é a mais nova república do mundo, tornando-se independente em 2011 ao longo de um processo de revoltas e guerras civis. Lamentavelmente o país é rico em petróleo, mais ostenta um dos maiores índices de pobreza do mundo, com o analfabetismo chegando a 80% da população.