Keynesianismo

O Keynesianismo é uma corrente do pensamento econômico do século XX, inspirada pela obra do economista inglês John Maynard Keynes. Essa corrente defende que, ao contrário do pensamento econômico clássico de figuras como David Ricardo, a economia não tende automaticamente à um equilíbrio. A teoria foi amplamente utilizada e revolucionou a administração das grandes economias.

O Autor e a Obra

John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, em 1883, e se formou em matemática pelo King’s College em 1906. Trabalhou como funcionário público na Índia e como tesoureiro durante a Primeira Guerra Mundial, levando à sua indicação como representante do tesouro inglês da Conferência de Versalhes de 1919. Nesta época, escreveu a primeira de suas principais obras, intitulada "As Conseqüências Econômicas da Paz". As duas outras principais obras de Keynes foram escritas durante a Grande Depressão, sendo elas "O Tratado sobre a Moeda" de 1930, e "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda".

John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, em 1883, e se formou em matemática pelo King’s College em 1906. Trabalhou como funcionário público na Índia e como tesoureiro durante a Primeira Guerra Mundial, levando à sua indicação como representante do tesouro inglês da Conferência de Versalhes de 1919. Nesta época, escreveu a primeira de suas principais obras, intitulada "As Conseqüências Econômicas da Paz". As duas outras principais obras de Keynes foram escritas durante a Grande Depressão, sendo elas "O Tratado sobre a Moeda" de 1930, e "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda".

Principais Conceitos do Keynesianismo

As teorias de Keynes diferiam radicalmente do pensamento econômico clássico, de autores como Adam Smith, Thomas Malthus, e David Ricardo. Esses teóricos, embora divergissem, acreditavam que a economia tendia ao equílibrio através da dinâmica da oferta e da procura, ou seja, que sempre existiria demanda (cidadãos dispostos a comprar) para uma determinada oferta (cidadãos dispostos a vender), variando somente o preço. Assim sendo, se uma sociedade produzisse uma quantidade enorme de um determinado produto, a mesma sociedade sempre compraria essa produção, mesmo que a preços mais baixos devido à sua abundância. De acordo com Keynes, uma superprodução de bens poderia causar uma carência de demanda, levando a menos lucro por parte dos produtores e a demissão de trabalhadores, o que por sua vez reduziria ainda mais a demanda, já que aumentaria o desemprego. A grande solução para este problema, defendida por Keynes, era a intervenção governamental na economia, tanto na forma de obras públicas de infraestrutura, como na forma da redução drástica da taxa de juros. A taxa de juros é a taxa que governa o lucro sobre dinheiro emprestado dentro da economia, ou seja, permite aos cidadãos emprestarem mais dinheiro pagando menos, e assim tornando mais eficiente a capacidade da demanda de se ajustar à uma oferta maior.

A Teoria em Prática

O Keynesianismo se tornou o pensamento econômico dominante nos Estados Unidos pós-depressão, sendo as políticas do New Deal, promovidas pelo presidente Franklin D. Roosevelt, expressões quase perfeitas dessa teoria. O Keynesianismo passou, após a Segunda Guerra Mundial, a ser a teoria mais aplicada em todos os países do bloco capitalista, culminando com a afirmação do presidente dos Estados Unidos Richard Nixon "We are all Keynesians now" ("Somos todos Keynesianos agora"). A reversão e reformulação do pensamento clássico anti-Keynesiano se deu após a crise do petróleo de 1973, onde as previsões Keynesianas afundaram devido ao fenômeno do "Stagflation", isto é, uma situação de alta inflação e alto desemprego, porém baixo crescimento econômico, onde as medidas Keynesianas ou aumentariam o desemprego, ou diminuiriam ainda mais o crescimento da economia.

Exercícios de Keynesianismo

(UFMG) O Estado apareceu como um agente econômico particular, cuja intervenção assumia um caráter legítimo, não mais em tempo de guerra apenas, mas também em tempo de paz, para sustentar o crescimento econômico. Mudança ideológica considerável, que dominou as idéias desde a Grande Depressão dos anos 30 até meados dos anos 70 - período keynesiano -, ligada ao advento da política econômica. Assinale a alternativa que apresenta um programa característico do período keynesiano.

  • Doutrina Monroe
  • "New Deal" x
  • "Big Stick"
  • Guerra Fria

(UFRS) O "New Deal" consistiu em um programa adotado pelos EUA para superar os terríveis efeitos da Grande Depressão gerados pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Em relação às medidas aplicadas nesse programa, são feitas as seguintes afirmações.

  • O Estado tomou a iniciativa de realizar diversas obras públicas com o objetivo de criar postos de trabalho para milhões de desempregados. x
  • As diretrizes keynesianas foram abandonadas em benefício do liberalismo econômico e da autonomia das forças do mercado como marcos reguladores da relação capital-trabalho.
  • A aplicação do programa contou com forte oposição dos setores conservadores, que denunciavam a intervenção do Estado na economia como um processo de socialização da vida nacional. x
Bibliografia
  • FLETCHER, Gordon. The Keynesian Revolution and Its Critics: Issues of Theory and Policy for the Monetary Production Economy.

Pedro Padovani

História - USP

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