Independência dos Estados Unidos

Dado o estabelecimento do comercio entre os mercadores das colônias do norte com as do sul e do centro, Antilhas, África e Portugal, além de uma ideologia calvinista (trabalho e vida frugal), há um crescimento e fortalecimento das colônias Inglesas.

Nessa mesma época, ocorre a Guerra dos Sete Anos, travada tanto nas colônias como na Europa. Embora tenha saído com a vitória e territórios canadenses, a Inglaterra teve enormes prejuízos. Vale a pena lembrar também que ocorria na ilha inglesa a revolução industrial, a qual necessitava de matérias primas e mercados consumidores, além de acarretar uma mudança tanto estrutural como social.

Na busca do reequilíbrio econômico, os ingleses passaram a cobrar impostos pesados sobre suas colônias inglesas. Iniciando com o Sugar Act (limitação no comercio de açúcar com as Antilhas, restringindo-o para as Antilhas inglesas), com o Stamp Act (impostos sobre todas as atividades comercias da colônia), e depois com a Lei do Aquartelamento (colonos eram obrigados a ajudar na manutenção dos soldados ingleses na América), iniciou-se uma tentativa de controlar o comércio americano, o qual desfrutava de certa autonomia. Embora houvesse certa antipatia dos colonos às novas leis, o confronto explodiria com o Tea Act (Concedia o monopólio da venda do chá a Companhia das Índias Orientais). Tal episódio ficou conhecido como Festa do Chá de Boston, no qual comerciantes americanos disfarçados de índios invadiram navios ingleses e destruíram toda a carga contida em seus porões. A resposta do governo inglês foi o que os colonos americanos chamaram de Leis Intoleráveis.

A reação dos colonos foi exigir representação no Parlamento inglês e a manutenção da liberdade religiosa, econômica e política. Ao não serem atendidos, convocam em 1774 o Primeiro Congresso da Filadélfia, o que iniciou o processo de independência. No mesmo ano, a Inglaterra promulga o Ato de Quebec (exigia que as terras ao norte a serem ocupadas fossem antes compradas ao governo inglês), o que afetou até os latifundiários conservadores sulistas que precisavam de terras. É decidido então só aceitar leis que tiverem participação de norte-americanos. Há uma ofensiva militar inglesa em Lexiton e Concord, levando ao Segundo Congresso da Filadélfia e a formulação da Declaração de Independência por Thomas Jefferson. A luta é dirigida por George Washington, na qual os colonos contam com a ajuda de voluntários franceses e armamento espanhol. As treze colônias se organizam em uma confederação.

Entre os pensadores da época destacam-se John Locke, um iluminista inglês, o qual idéias influenciaram na elaboração da declaração da independência. Outro intelectual importante foi Thomas Paine e sua idéia de senso comum. A época ficaria conhecida também pela panfletagem, a qual era realizada por intelectuais americanos na busca de divulgar seus ideais para a população.

Bibliografia
  • Salomão, Gilberto Elias. História, livro 2. Sistema de Ensino Poliedro, Editora Poliedro,São José dos Campos, 2011.
  • Ferreira, João Paulo Mesquita Hidalgo e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes. Nova História Integrada (Ensino Médio – Volume Único). Companhia da Escola, Campinas, 2005.

Bruna Braga Fontes

História - USP

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