Grandes Navegações

Desde o renascimento comercial e as Cruzadas, houve um crescimento das atividades mercantis entre o oriente e o ocidente. Desta forma, tornava se necessária a busca de novas rotas para o oriente, pois as terrestres estavam sob o domínio das cidades italianas. As mercadorias mais procuradas pelos europeus eram as especiarias, entre ela pimenta, canela e cravo, além da seda.

A partir da busca por mais lucros, os mercadores de diversos países, principalmente da península ibérica, apostam em grandes navegações querendo encontrar um caminho para o oriente que não fosse por terra ou pelo mar mediterrâneo. Para financiar essas navegações, contaram tanto com apoio das monarquias como com capital estrangeiro.

Portugal

A principal via de comércio para o norte da Europa, antes da Guerra dos Cem Anos, era pelo interior do território. Com os conflitos e instabilidades militares, á uma ascensão da via marítima, na qual Lisboa e Porto se tornariam entrepostos comerciais. Outra vantagem foi que a partir daí, Portugal passa a ter contato com as novas tecnologias de navegação.

Havia também o desejo da monarquia portuguesa em se fortalecer e construir um império, o que levava a busca de terras. A Igreja ainda via oportunidade de expandir e difundir a sua fé, conquistando novos fiéis e continuando com o projeto das cruzadas. Para a burguesia, significava aumentar os lucros e fugir do domínio italiano do comercio de especiarias. O caminho imaginado seria através do contorno da África pelo sul. Para realizar tal feito, inicialmente os portugueses utilizaram a técnica de navegação de cabotagem. Vasco da Gama conseguiria tal feito ao atravessar o Cabo da Boa Esperança e desembarcar em Calicute, na Índia. Com a nova rota, o caminho pelo continente e pelo Mediterrâneo se torna decadente.

Espanha

Assim como Portugal, o Estado espanhol se caracteriza por uma centralização pioneira, o que aliado com outros fatores leva a uma expansão também precoce. O nome mais conhecido das navegações espanholas foi Cristóvão Colombo, que buscava chegar ao oriente navegando em direção ao ocidente. Embora tenha se deparado com a América, Colombo morre acreditando que de fato tinha chegado às Índias. Apenas com Américo Vespúcio, se concretiza a certeza de esse ser um novo território, e dele se origina o nome América.

Outros países como Holanda, França e Inglaterra realizaram suas navegações tardiamente. Contudo, no início, perceberam que se tornariam grandes concorrentes tanto para o território descoberto quanto para as rotas e mercados consumidores.

Bibliografia
  • Salomão, Gilberto Elias. História, livro 2. Sistema de Ensino Poliedro, Editora Poliedro, São José dos Campos, 2011.
  • Ferreira, João Paulo Mesquita Hidalgo e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes. Nova História Integrada (Ensino Médio – Volume Único). Companhia da Escola, Campinas, 2005.

Bruna Braga Fontes

História - USP

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