Mesmo após o termino da Primeira Guerra Mundial, a crise do capitalismo se acirrava. No caso dos Estados Unidos, tanto com a guerra em si (alimentos e armamentos) como com o pós-guerra (reconstrução), levaram países como Inglaterra, França e Alemanha a grandes dívidas. Contudo, os países europeus passaram a adotar medidas protecionistas e houve um fortalecimento estatal na Europa.
Durante uma década, os Estados Unidos cresceram muito graças as dividas, indústria, bens de consumo e avanço tecnológico, estabelecendo o conhecido "American way of life". Por fornecerem alimentos, o setor agrário americano crescera muito e produzia em níveis nunca antes vistos. Contudo, a partir de 1920 com a quitação de grande parte das dívidas e com as medidas protecionistas européias, os EUA enfrentaram uma grande crise de superprodução no setor. Crise a qual levou ao massivo desemprego nas cidades e concentração de riqueza em uma pequena camada da elite, o que encaminhou uma queda brutal no consumo e dessa forma a uma crise industrial, crítica numa economia regulada pelo mercado financeiro.
O dia 24 de outubro de 1929, a bolsa de valores mais importante (Nova York) quebrou, levando à falência mais de 5 mil bancos. Isso acabou por desencadear uma altíssima taxa de desemprego e um alarmante índice de suicídios. Este período ficaria conhecido como a Grande Depressão. Em 1929, o presidente dos Estados Unidos era Herbert Hoover, liberal, e foi tolhido pela crise. Roosevelt ganha então às eleições (1933) e passa a intervir diretamente na economia, criando um plano de recuperação chamado de New Deal.
O New Deal se baseava na política econômica idealizada por John Keynes, o qual acreditava que a redistribuição dos lucros era o ponto chave para que o poder aquisitivo dos consumido aumentasse proporcionalmente a produção. Dessa forma, o plano favorecia a intervenção do Estado como regulador das leis de mercado, apondo-se à livre concorrência. O New Deal apoiava-se nos três R’s: Reparação, Recuperação e Reforma. Entre as manobras utilizadas se encontram a emancipação da moeda (desvalorizando o dólar para aumentar os preços agrícolas e facilitar para fazendeiros), a previdência social, direitos trabalhistas e salário mínimo, liberdade sindical e limites de jornadas de trabalho. Embora tenha melhorado a situação dos EUA, a crise durou até a Segunda Guerra Mundial, onde ainda haviam mais de 9 milhões de desempregados.
O Brasil também foi afetado pela crise, uma vez que o Estados Unidos era o maior comprador de café brasileiro. Foi a partir desse momento que a industria brasileira começou a se desenvolver, pois os cafeicultures começaram a investir nas industrias. Ou seja, uma das consequências da crise de 1929 no Brasil foi o crescimento do setor industrial brasileiro, especialmente em São Paulo.
(FUVEST) Da Grande Depressão, ocorrida no mundo capitalista com a crise econômica de 1929, resultou:
(UFPE) Sobre a crise econômica de 1929 e a sua relação com o liberalismo, assinale a alternativa correta.
(UNESP) A crise capitalista desencadeada em 1929 nos EUA e na Europa Ocidental estendeu-se para a América Latina contribuindo para: