IDH Brasileiro

Anualmente, a Organização das Nações Unidas (ONU), através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), avalia o desenvolvimento humano de 187 países. Essa avaliação consiste em uma nota variável de zero a um, denominada Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é a determinada pela nota média de três pontos: a possibilidade de usufruir uma vida longa e saudável (expectativa de vida), o acesso ao conhecimento (grau de escolaridade) e um padrão de vida digno (renda nacional).

No relatório do último ano (2011), o Brasil aparece na 84ª posição, com um IDH de 0,718, 0,003 melhor do que o apresentado no ano de 2010. O país com melhor índice é a Noruega, com 0.943, e o pior é a República Democrática do Congo, com 0.286.

Dados do IDH do Brasil em 2011

  • Rendimento anual/per capita: US$10.162
  • Escolaridade: 7,2 anos
  • Expectativa de Vida: 73,5 anos

O IDH na América do Sul

Em comparação com seus países vizinhos da América do Sul, o panorama não é animador. O Brasil encontra-se, apenas, na 7ª posição, atrás de Chile (0,805), Argentina (0,797), Uruguai (0,783), Venezuela (0,735), Peru (0,725) e Equador (0,720). Permanecendo à frente de: Colômbia (0,710), Suriname (0,680), Paraguai (0,665), Bolívia (0,663) e Guiana (0,633).

Crescimento do IDH brasileiro

Deve-se ressaltar que a ONU, alterou o método de acesso às informações determinantes para a formulação do índice estatal, dificultando a intervenção dos países nos números apresentados. Com isso, pelo cálculo da organização, o Brasil classificado em 2010, em 73º, estaria na verdade 85ª colocação. Por isso, o fato do país ter melhorada uma posição e não perdido onze.

O avanço do índice brasileiros nos últimos anos são diretamente ligados a implementação de programas de saúde pública, educação e desenvolvimento social. Há grandes campanhas federais de promulgação do acesso à água encanada e saneamento básico, desenvolvimento através do Plano Nacional de Saneamento Básico, de transferência de renda e inclusão social, como a Bolsa Família e de educação técnica e superior à população de baixa renda, como o PRONATEC e o Prouni.

Apesar do avanço brasileiro no IDH e nas políticas sociais, o país possui um índice de apenas 0,519 no Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD). Em um ranking de 134 países, o Brasil se encontra na 73ª posição, atrás de países como: Gabão (0,543), Uzbequistão (0,549) e Sri Lanka (0,691). Essa queda é provocada pela intensa concentração de renda ainda existente no país, desigualdade de gênero (homens e mulheres) e o precário acesso à saúde de qualidade.

Gustavo Couceiro

Ciências Sociais - Unicamp

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